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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Fast fashion conquista mercado de moda

A ansiedade por novidades, a velocidade quase frenética do mercado e uma realidade irreversível de valorização pelo novo têm gerado mudanças significativas na forma de articulação entre indústria-loja-cliente. Importado de marcas da Europa, como a espanhola Zara e a sueca H&M, a prática do 'fast fashion' já se instalou no Brasil. Grandes redes de varejo como C&A, Renner e Riachuelo são adeptas da fórmula, que consiste em coleções compactas, novidades o tempo todo e a retirada dos artigos expostos que não estão vendendo.

A consultora em design de produtos Tatiana Ritzel (Novo Hamburgo/ RS) destaca que o 'fast fashion' leva em consideração o fato dos consumidores não esperarem mais as trocas de estações para comprar novos produtos. A prática de consumo ocorre muito pelo visual atraente que o artigo pode demonstrar nas vitrines. Para a indústria, foi-se o tempo em que produzir rapidamente era sinônimo de produzir mal. O velho ditado “a pressa é inimiga da perfeição” perdeu espaço definitivamente no setor de calçados. A qualidade produtiva, o design diferenciado e a capacidade de encontrar soluções de forma criativa estão dando ao mercado brasileiro chances de sucesso em quase todos os segmentos e faixas de preços.

“Os fabricantes devem reestruturar seus lançamentos pensando no timing das lojas e na constante vontade de comprar e adquirir algo que o consumidor tem nos dia atuais”, frisa Tatiana. No entendimento da consultora, os fabricantes devem ter seus lançamentos semestrais segundo as tendências de moda para a estação que entrará e, entre esse período, devem apostar nas minicoleções e previews que abastecerão as lojas com as novidades. Ela alerta as empresas que ainda não se adaptaram a isso que terão que correr atrás, já que não se trata mais de uma tendência, e sim de algo já consolidado.

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