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domingo, 23 de setembro de 2012

Entrevista com o grande arquiteto e designer italiano Andrea Branzi

Um dos principais nomes do design italiano, Andrea Banzi, revela os conceitos de seus trabalhos recentes e faz questionamentos teóricos acerca de sua produção.

Quando Andrea Branzi iniciou a carreira, na década de 1960, o crescimento da cultura de massa alterava tradições de consumo e alimentava críticas à natureza do design, acessível somente às elites até então. Nesse contexto de mudanças, Branzi fundou, ao lado de outros profissionais, o estúdio Archizoom – grupo de vanguarda que defendia a produção em grande escala e valorizava as novas ideias propostas pela pop art. Foi nessa época, como ativista do movimento Radical Italiano, que Branzi determinou a maneira de conduzir sua atuação – dedicado primeiro às questões sociais e aos conteúdos teóricos para depois pensar nos resultados materiais. Ele manteve um trabalho importante de crítica, publicado em livros como Nouvelles de la Métropole Froide e Learning from Milan, e foi cofundador da Domus Academy, primeira escola internacional de pós-graduação em design. Apesar de colaborar com empresas como Allessi e Zanotta, grande parte da sua obra destinou-se às galerias. Nos últimos meses, expôs a série Trees na Carpenters Workshop Gallery, com peças feitas de materiais industriais e troncos de árvores, e apresentou a coleção Monoliti na Galleria Clio Calvi Rudy Volpi, em abril, durante a Semana de Design de Milão. Na entrevista concedida a CASA CLAUDIA LUXO, Branzi fala do momento atual, após quase cinco décadas de trabalho, e de suas recentes criações.

Seu trabalho recente, como a série Trees e a coleção Monoliti, foi exibido em galerias, em vez de showrooms. Você considera suas criações mais próximas da arte que do design?

Existem hoje muitas galerias especializadas em design, porque essa atividade não se resume apenas à criação de móveis em série. A produção de peças únicas ou em edições limitadas envolve pesquisa de linguagem e experimentação tecnológica. Além disso, até mesmo um quadro faz parte da decoração de um ambiente e ninguém se surpreende se ele for exposto em um showroom de design.

Você se vê mais como artista ou como designer? O que acha da aproximação que vemos atualmente entre essas áreas?

Por tradição, a arte não deve ser tocada, enquanto o design é destinado ao uso. Meus protótipos são sempre objetos de uso, essa é a única diferença real. A atual aproximação deriva do fato de que a arte procura superar seu limite de produção de objetos exclusivamente estéticos para entrar na vida, e, por outro lado, o objeto de design está experimentando uma nova linguagem estética, não apenas industrial, e necessita de nova energia expressiva. Portanto, os limites começam a desaparecer. Mas esse me parece um problema muito acadêmico, já que o problema básico continua sendo o de uma nova qualidade de cultura na arte e no design.

Como nasceu a ideia da Monoliti? Podemos dizer que as peças são uma reverência ao classicismo ou ao estilo greco-romano?

O significado que atribuo a esses objetos é que eles são monolíticos, “monomatéricos”, monocromáticos e muito pesados. Eu não sei se isso pode ser interpretado como clássico, porque o classicismo não é apenas um estilo, mas uma atmosfera.

Por que você escolheu o bronze e o gesso como os materiais para essa coleção?
Escolhi esses materiais porque eles não são utilizados no design. São materiais sonoros e opacos que possuem um carisma próprio que deve ser interpretado. Fazem parte da minha busca por uma nova “dramaturgia” na cultura do projeto: menos otimista, menos elegante, menos racional e mais perto de problemáticas antropológicas.

Como surgiu a ideia da série Trees? O que o inspira a inserir partes de árvores na mobília em contraste com materiais industriais?

Faz muito anos que uso em meus projetos ramos ou troncos de árvore de forma a interromper a linguagem autorreferencial do design. Esses fragmentos da natureza possuem uma grande carga expressiva. A absoluta singularidade e a indisponibilidade tornam cada um quase sagrado.

Quais conhecimentos novos você adquiriu ao compor as duas séries?

Os dois projetos caminham na direção de um aprofundamento antropológico da linguagem do design.

O Radical Manifesto defendia a “Superarchitettura”, a arquitetura de superprodução, superconsumo e superindução ao consumo, você pensaria nisso hoje em dia?

Esse manifesto foi escrito em 1966 e teve origem na cultura pop e na sua capacidade de enxergar o mundo como ele realmente é, antes de julgar como ele deveria ser. Ainda hoje há a necessidade de um novo realismo que leve o design a se confrontar com os movimentos do século 21.

Você diria que existe uma vanguarda no design atual?

Hoje no design só existe a vanguarda, pois o conceito de normalidade desapareceu.

De modo geral, o que espera causar na sociedade com seus trabalhos?

Essa é uma questão ingênua, é como perguntar isso sobre a arte, a literatura, a música... São atividades desnecessárias, mas absolutamente indispensáveis.

Durante esse período, a que tipo de pesquisa você tem se dedicado?

Um novo realismo, uma nova dramaturgia, uma nova qualidade antropológica, mas isso não é um programa de trabalho, e sim o resultado espontâneo do meu humor e do meu trabalho intelectual, que antecedem o trabalho formal.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

História do Pergaminho

Pergaminho (do grego pergaméne e do latim pergamina ou pergamena), é o nome dado a uma pele de animal, geralmente de cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha, preparada para nela se escrever. Designa ainda o documento escrito nesse meio. O seu nome lembra o da cidade grega de Pérgamo, na Ásia Menor, onde se acredita possa ter se originado ou distribuído.

Quando feitos de peles delicadas de bezerros ou cordeiros, eram chamados de velino. Estas peles davam um material de escrita fino, macio e claro, usado para documentos e obras importantes.

Esse importante suporte da escrita também foi largamente utilizado na antiguidade ocidental, em especial na Idade Média, até a descoberta e consequente difusão do papel, uma invenção dos chineses.

Nos mosteiros cristãos eram mantidas bibliotecas de pergaminhos, onde monges letrados no período se dedicavam à cópia de manuscritos antigos, devendo-se a essa atividade monástica a sobrevivência e divulgação dos textos clássicos da cultura grega e latina no Ocidente, principalmente à época do Império Bizantino.

Na atualidade o pergaminho é utilizado para a confecção de diplomas universitários, títulos e letras do Tesouro Nacional por ser considerado um material difícil de ser falsificado, graças às nuances naturais e à sua grande durabilidade. Se antigamente essa matéria-prima era distribuída apenas por algumas empresas da Europa, hoje na Região Nordeste do Brasil converteu-se em expressiva fonte de renda, auxiliando a economia local.

Desta maneira o Cortume Runge a mais de 50 anos produz o pergaminho animal legitimo, para decoração , diplomas, revestimentos, encadernação.

www.cortumerunge.com.br

domingo, 2 de setembro de 2012

Revestimentos especiais - pergaminho

Cortume Runge a mais de 50 anos é o principal fornecer de Pergaminho animal legitimo, sendo um dos materiais mais utilizados atualmente em revestimentos de paredes e móveis. 
www.cortumerunge.com.br
www.machiaevega.com.br



Designer russo cria rótulo para lata de cerveja inspirado na própria bebida

Por que esconder a aparência de uma cerveja de qualidade? Foi partindo desse conceito que o designer russo Timur Salikhov desenhou uma lata da bebida que se vangloria de sua cor e textura. Mesmo não sendo transparente, a pintura amarelada, formada com bolhas minúsculas e até colarinho, remete a uma cerveja aparentemente de qualidade.

Apê em Nova York tem dirigível no teto

Se você achou o título desta matéria esquisito, espere até ver as fotos e conhecer os outros detalhes deste apartamento, que fica em Manhattan. Como em grande parte dos imóveis em Nova York, as paredes são poucas. Os espaços integrados têm um ar industrial, mas a decoração vai muito além de qualquer classificação comum de estilo. Inspirado no Steampunk, um subgênero de ficção científica, ambientado no passado, o loft exibe móveis e objetos de decoração diferentes, como o enorme dirigível no teto. A peça é, na verdade, uma luminária de LED, que pode ser programada pelo computador.

Aberta para o living, a cozinha tem armários planejados de madeira e metal. Além da enorme sala, há um quarto e dois banheiros, divididos por um espaço total de 548 m². Entre os itens que se destacam na decoração estão elementos como cordas, roldanas, engrenagens... No dormitório, uma luminária em forma de tubo percorre boa parte da parede e caixas metálicas funcionam como mesinhas de apoio e espaço para guardar objetos. Um dos banheiros tem o gabinete feito a partir de um tambor de óleo. O apê está à venda por US$ 1,75 milhão. As fotos são da imobiliária Core.


O apartamento com um estilo peculiar tem uma luminária em forma de dirigível no teto

Roldanas, engrenagens e outras referências industriais permeiam a decoração, com estilo inspirado no Steampunk. Repare no tapete que imita um tronco de madeira cortado

As caixas metálicas funcionam como apoio e também são um espaço extra para guardar objetos. O quarto lembra um túnel

Fonte http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI303124-16937,00-APE+EM+NOVA+YORK+TEM+DIRIGIVEL+NO+TETO.html
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